O Clube Moza, braço social do Moza Banco, distribuiu 300 kits de “dignidade menstrual” a raparigas vulneráveis das escolas Eduardo Mondlane e Salvador Allende, em Chilaulene, província de Gaza, no âmbito do Dia Internacional da Dignidade Menstrual (28 de Maio).
De acordo com um comunicado de imprensa da entidade, os kits incluíam pensos higiênicos reutilizáveis, cuecas, sabão, material escolar e cartas motivacionais escritas por jovens voluntários, colaboradores do Moza Banco. A principal mensagem dessas cartas era encorajar as raparigas a permanecerem na escola e a não deixarem que o seu período menstrual fosse a razão da sua ausência nas aulas.
A cerimónia de entrega dos kits contou com a presença do director provincial da Educação em Gaza, Ferrão Bambo, que, na ocasião, encorajou o Clube Moza a manter-se firme nas suas acções de responsabilidade social e ambiental, incentivando também as beneficiárias a “permanecerem na escola, resistirem aos casamentos precoces e acreditarem no poder transformador da educação.”
Segundo Samira Franco, embaixadora desta iniciativa conhecida como “Ciclo Solidário”, “esta não é apenas uma acção pontual – é uma resposta a um problema global que afecta milhões de raparigas. A pobreza menstrual limita o acesso à educação, perpetua a desigualdade e compromete a saúde e a dignidade feminina. Hoje, em Chilaulene, estamos a dar um passo concreto para mudar esta realidade.”
Por sua vez, o presidente do Clube Moza, Inácio Fernando, destacou o impacto do projecto, referindo-se aos principais objectivos da iniciativa. “O Projecto Ciclo Solidário pretende chegar a cerca de 6 mil raparigas carenciadas das escolas públicas dos distritos onde o Moza Banco está presente. Acreditamos que garantir o acesso a produtos de higiene menstrual é fundamental para manter as raparigas na escola, combater o estigma e construir uma sociedade mais justa e igualitária.”
O dia 28 de Maio é reconhecido mundialmente como uma data de reflexão, sensibilização e acções concretas para combater a pobreza menstrual e promover a saúde e dignidade das mulheres e raparigas. Em Moçambique, em particular, organizações como o Clube Moza procuram responder a esta preocupação global.
A iniciativa contou com o apoio de parceiros como o Ministério da Educação e Cultura, Caminhos-de-Ferro de Moçambique (CFM), Empresa Municipal de Transporte Público de Maputo (EMTPM), Papelaria Académica e Fasorel.
